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sábado, 10 de outubro de 2009

Saudades, Poesias, Florbela Espanca e Cia ILTDA



Oi queridos... Estive pensando tantas coisas desde a última postagem, e acabei escrevendo sobre vários desses pensamentos para postar aqui depois. Mas hoje resolvi falar sobre dois temas..Um que eu tinha lhes prometido - falar sobre uma poetisa portuguesa - e outro que anda martelando na minha mente...
Começando pelo último tema...queria falar de saudades. Esta já foi inúmeras vezes aclamada em diversos textos, mas eu estou falando aqui é daquela saudade tão intensa que chega a te sufocar! Algum de vocês sabe o que é isso? Quando o choro fica preso e machuca a garganta? É sobre essa mesma que redijo! É quando você lembra de cada lugar, de cada partiularidade, de cada pessoa, de cada história e, no final, a pior saudade é de si mesmo...E você tenta sorrir como antes, falar como antes, amar como antes..e nada daquilo vem à tona! É angustiante pensar em como e em que dia você se perdeu e nem ao menos conseguiu perceber. Só o fez quando a saudade, aquela intensa e sufocante, apareceu. Será se vala à pena lutar contra si mesmo, contra sua própria involução (não é evolução mesmo). Será se um dia essa dor irá passar?
Falando nisso..em inquietudes e afins, não há como não falar no primeiro tema, a minha autora favorita..Florbela Espanca! Esta autora potuguesa viveu pouco em números, mas o suficiente para registrar sua mágica insatisfação com a mesmice, com os padrões pré-estabelecidos, com amores mornos e fez disso contos, poesais (o que é melhor), diários, artigos..Uma mulher fantástica, à frente do seu tempo, e que não queria nunca se contentar com nada! É exatamente assim que me sinto..Por que sempre temos que nos contentar com o que vier? Por que nunca podemos ter o mais? Assim ,meus caros, com uma insatisfação e autocrítica fascinantes, Florbela Espanca (1894-1930) não se contentou com a vida e me conquistou eternamente...Apreciem, mas esta aqui com muita moderação.